Conheça história inspiradora nos Estados Unidos
Dicas para quem busca empreender nos EUA? Acompanhe com curiosidades nesta trajetória especial. Confira!
Da Redação, publicado em 30/01/2023 e atualizado hoje.Ana García chegou a Nova York com US$ 200 no bolso, uma mala de roupas e um caderno cheio de receitas de sua avó. Nascida em Oaxaca, no México, ela cresceu vendo sua abuela transformar ingredientes simples — como cacau, canela e pimentas — em magia. Mas, nos EUA, Ana trabalhava 12 horas por dia em um diner, com as mãos calejadas de lavar panelas. À noite, ela olhava o horizonte de Manhattan de seu pequeno apartamento no Bronx, perguntando se seu sonho de compartilhar os sabores de sua família com a América era apenas uma fantasia.
Uma noite chuvosa, colegas de trabalho demoraram a sair após o expediente. Ana ofereceu a eles um champurrado, uma bebida grossa de chocolate que sua avó fazia. Os olhos deles brilharam. “Isso é incrível”, disse Marcus, um cozinheiro da Geórgia. “Você poderia vender isso.” Ana riu nervosa… mas naquela noite, não conseguiu dormir.
Com o incentivo de Marcus, Ana começou a vender misturas caseiras de temperos e pasta de mole pré-preparada em uma feira local. No início, os clientes hesitavam — “Muito picante”, “O que é essa semente?” —, mas Ana distribuía amostras grátis e contava histórias: como sua avó torrava grãos de cacau no fogo, como cada receita era uma aula de história. Aos poucos, a curiosidade virou filas. Um blogueiro gastronômico escreveu sobre ela, chamando-a de “A Feiticeira dos Temperos”.
Mas os desafios se acumulavam: licenças, uma parceria fracassada com um distribuidor desonesto e uma inspeção sanitária que quase a fechou. Ana estourou o cartão de crédito e comeu arroz por semanas. A família implorou para ela “arrumar um emprego estável”. Mas ela lembrava das palavras da avó: “El que no arriesga, no gana” (Quem não arrisca, não ganha).
Em um dezembro frio, um chef com estrela Michelin encontrou a barraca de Ana. Ele comprou todo o seu estoque de pó de pimenta pasilla e a convidou para colaborar em um menu de fusão. O evento esgotou, e um artigo da Forbes a chamou de “a empreendedora imigrante que está reinventando o sabor americano”. Investidores começaram a ligar.
Ana hesitou — não queria perder o controle de sua marca. Em vez disso, lançou um Kickstarter para uma caixa de assinatura de temperos artesanais, prometendo “um gosto de herança”. A campanha viralizou e foi financiada em 48 horas. Ela contratou imigrantes como ela: uma refugiada síria para logística, uma mãe solo haitiana como CFO. Juntos, construíram a “Casa García”, uma empresa que valorizava tradição *e* inovação.
Dez anos depois, os temperos da Casa García estão em todas as lojas Whole Foods do país. A palestra de Ana no TED sobre como preservar raízes culturais pela comida tem 5 milhões de visualizações. Mas seu momento mais orgulhoso? Abrir uma escola de culinária sem fins lucrativos no Queens, ensinando mulheres imigrantes a transformar receitas familiares em negócios.
No corte da fita, Ana sorriu através das lágrimas. “A América não me deu um sonho — me deu uma tela. Meu trabalho foi pintá-la com as cores que trouxe de casa.”
5 dicas para os empreendedores
A trajetória de sucesso passa a inspirar outros empreendedores.