Semana Mundial de Aleitamento Materno: a minha história com a amamentação é esta
Por Aline Oliveira, publicado em 02/08/2019.
A minha filha nasceu em 2013 e, até então, eu achava que o maior desafio de uma mãe de primeira viagem seriam as cólicas ou talvez as noites mal dormidas. Veio a amamentação. Na maternidade não tive apoio nenhum. Ouvi das enfermeiras que tinha que ir dando o peito até elas conseguirem me dar atenção. As primeiras fissuras apareceram. A Júlia chorava de um lado e eu do outro por ter que dar o peito. Foram 2 meses difíceis. O peito enchia muito, o leite empedrava. Tive mastite duas vezes... e como doía.
Superamos os momentos difíceis e logo a amamentação se tornou um prazer. Era o nosso momento, cruzávamos olhares apaixonados. Durou 3 anos! Ela mamou esse tempão, não pegou mamadeira, nem chupeta. Ouvi críticas e vi olhares maldosos por amamentar por tanto tempo. Nem liguei, ia fazer o quê? Só aproveitei. Ela quis assim e foi maravilhoso assim.
Amamentar é divinoFoto: Divulgação
Depois de 3 anos e meio, veio a gravidez do Lucas e o que mais me assustou foi iniciar a amamentação tudo de novo. Ele nasceu e, sim, machucou o meu peito também. Mas logo corrigimos a pega e não aconteceu de novo. Ele mamava em livre demanda, igual a Juju, mas não era viciado como a irmã. Mamava menos que ela e, com 11 meses, decidiu que não queria mais meu peito. Senti muito, pois sabia que não amamentaria de novo. Mas ele escolheu assim e nós respeitamos. Cada um com seu jeitinho. Essa foi a minha experiência com amamentação.
É uma sensação única, divina, linda, apesar dos obstáculos. Quem é mãe, sabe o que estou falando. Mas se você é mãe e não conseguiu amamentar, não se sinta culpada. Nós mães temos que fugir dessas culpas bobas. Acredito que o que era para ser, será. Cada um ao seu jeitinho. Nesta data que celebra a amamentação, meu grito é pela liberdade de todas as mães. Que cada uma possa ser livre para as melhores escolhas. E que essa atividade divina, que é amamentar, seja sempre respeitada e aplaudida.