Setembro Amarelo com crianças: Dicas de saúde mental
Em tempos de cancelamento virtual, vamos falar sobre a saúde mental dos nossos filhos neste Setembro Amarelo
Por Aline Oliveira, publicado em 31/08/2020 e atualizado esta semana.Setembro Amarelo com crianças. Ou melhor: Setembro Amarelo com alerta para os nossos filhos. Sim, precisamos sempre falar sobre saúde mental com as crianças nas escolas e em casa. Conversei com o psicólogo Fábio Soares sobre a questão da cultura do cancelamento nesta idade. E compartilho com vocês neste artigo aqui no canal Pais e Filhos. Também falo sobre o bullying 2020 que acompanhamos na televisão.
Já falamos sobre como educar as crianças para cultura do cancelamento. Podemos fazer um comparativo com o vídeo game? 'Quando vejo o comportamento de algumas pessoas nas redes sociais me lembra muito comportamento de pessoas que jogam vídeo game. No jogo vivem um personagem que não existe, mas na vida real voltam a ser quem realmente são. No caso do cancelamento acredito ser igual. Muitos dos que cancelam não teriam coragem de dizer o que escreveram para pessoa, o próprio aumento de contas anônimas ou fakes demonstra isso', sugeriu o psicólogo.
Sobre o Setembro Amarelo, trata-se de uma campanha de prevenção ao suicídio, que começou lá em 2015. Vale lembrar que dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. É preciso ter muito cuidado para abordar este tema na escola ou em casa, em família. O fundamental é fazer uma análise sem julgamentos. O ideal é usarmos a criatividade para estimularmos o lado positivo da nossa saúde mental. Sempre com diálogo aberto e transparente.
Na escola, os professores podem destacar temas sobre qualidade de vida, bem-estar, viver em família, olhar para o lado bom das coisas e etc. Outra opção é contar com o apoio de palestrantes, como psicólogos, por exemplo, destacando de forma suave a questão do Setembro Amarelo. Com o foco no nosso cuidado com a saúde mental. Terapia, meditação, respiração adequada, tudo isso é importante desde sempre.
Assistindo à série Cobra Kai, na Netflix, refletimos sobre um novo bullying que chegou às escolas. A série apresenta um bullying mais anônimo e menos 'corajoso'. Se antigamente o aluno precisava ter 'coragem' para fazer bullying contra outro colega na escola, hoje em dia ele pode se esconder no anonimato da internet. É o que acontece com uma garota considerada nerd e acima do peso na série Cobra Kai. A atriz Nichole Brown interpreta Aisha Robinson na série. E é vítima desse bullying covarde e escondido.
Claro que nenhum bullying jamais pode ser validado. Mas é interessante refletirmos nesse ponto. Que antigamente o agressor precisava se expôr a reações de sua vítima. Já hoje em dia essa exposição está escondida nos aplicativos e nas redes sociais.
Mas como podemos descobrir crianças ou filhos que estejam com o sinal vermelho ligado neste assunto de saúde mental?
Veja algumas dicas:
Criança abandonou amizades e atividades sociais? (lembrando que, em tempos de pandemia, isso é mais delicado); o seu filho perdeu o interesse por atividades esportivas ou intelectuais que antes ele fazia bastante?; as responsabilidades diárias ele têm deixado de lado? ; já apresenta desequilíbrio emocional? ; essas são algumas pistas que podemos observar.
Em resumo, é fundamental que pais e educadores se mostrem sempre presentes e olhem nos olhos de suas crianças. O olho no olho diz muito sobre o que está passando na cabecinha delas. Toda atenção e todo cuidado são fundamentais. Esqueça essa história de 'ah, isso é gracinha dela, logo vai passar, está querendo aparecer com essas ameaças'. Não. Precisamos estar atentos. Divulguem o Setembro Amarelo. E vamos cuidar da nossa saúde mental e da saúde mental das nossas crianças.
'Nossa história mostra que temos essa tendência de cancelar algumas pessoas, o próprio bullying é um exemplo disso assim como o preconceito. Hoje em dia tivemos uma transformação nessa cultura e passamos a punir comportamentos que não são aceitáveis pela sociedade ou algum grupo de pessoas', explicou o psicólogo.
Já falamos sobre como educar as crianças para cultura do cancelamento. Podemos fazer um comparativo com o vídeo game? 'Quando vejo o comportamento de algumas pessoas nas redes sociais me lembra muito comportamento de pessoas que jogam vídeo game. No jogo vivem um personagem que não existe, mas na vida real voltam a ser quem realmente são. No caso do cancelamento acredito ser igual. Muitos dos que cancelam não teriam coragem de dizer o que escreveram para pessoa, o próprio aumento de contas anônimas ou fakes demonstra isso', sugeriu o psicólogo.
Setembro Amarelo com crianças: em casa e na escola
Sobre o Setembro Amarelo, trata-se de uma campanha de prevenção ao suicídio, que começou lá em 2015. Vale lembrar que dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. É preciso ter muito cuidado para abordar este tema na escola ou em casa, em família. O fundamental é fazer uma análise sem julgamentos. O ideal é usarmos a criatividade para estimularmos o lado positivo da nossa saúde mental. Sempre com diálogo aberto e transparente.
Na escola, os professores podem destacar temas sobre qualidade de vida, bem-estar, viver em família, olhar para o lado bom das coisas e etc. Outra opção é contar com o apoio de palestrantes, como psicólogos, por exemplo, destacando de forma suave a questão do Setembro Amarelo. Com o foco no nosso cuidado com a saúde mental. Terapia, meditação, respiração adequada, tudo isso é importante desde sempre.
Novo bullying 2020?
Assistindo à série Cobra Kai, na Netflix, refletimos sobre um novo bullying que chegou às escolas. A série apresenta um bullying mais anônimo e menos 'corajoso'. Se antigamente o aluno precisava ter 'coragem' para fazer bullying contra outro colega na escola, hoje em dia ele pode se esconder no anonimato da internet. É o que acontece com uma garota considerada nerd e acima do peso na série Cobra Kai. A atriz Nichole Brown interpreta Aisha Robinson na série. E é vítima desse bullying covarde e escondido.
Cuidado com o bullying que está escondido no anonimato da internet nas escolas.
Claro que nenhum bullying jamais pode ser validado. Mas é interessante refletirmos nesse ponto. Que antigamente o agressor precisava se expôr a reações de sua vítima. Já hoje em dia essa exposição está escondida nos aplicativos e nas redes sociais.
Mas como podemos descobrir crianças ou filhos que estejam com o sinal vermelho ligado neste assunto de saúde mental?
Veja algumas dicas:
Criança abandonou amizades e atividades sociais? (lembrando que, em tempos de pandemia, isso é mais delicado); o seu filho perdeu o interesse por atividades esportivas ou intelectuais que antes ele fazia bastante?; as responsabilidades diárias ele têm deixado de lado? ; já apresenta desequilíbrio emocional? ; essas são algumas pistas que podemos observar.
Em resumo, é fundamental que pais e educadores se mostrem sempre presentes e olhem nos olhos de suas crianças. O olho no olho diz muito sobre o que está passando na cabecinha delas. Toda atenção e todo cuidado são fundamentais. Esqueça essa história de 'ah, isso é gracinha dela, logo vai passar, está querendo aparecer com essas ameaças'. Não. Precisamos estar atentos. Divulguem o Setembro Amarelo. E vamos cuidar da nossa saúde mental e da saúde mental das nossas crianças.