O Agente Secreto: Wagner Moura dá o que falar; entenda
É melhor que Ainda Estou Aqui? Wagner Moura tem o mesmo potencial de Fernanda Torres no Oscar? Saiba tudo
Da Redação, publicado em 27/10/2025 e atualizado hoje.O filme 'O Agente Secreto' (2025) foi escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, com Wagner Moura no papel principal. Kleber Mendonça Filho é o diretor de filmes premiados como Bacurau, Aquarius e O Som Ao Redor. Em 'O Agente Secreto', temos mais um longa-metragem que caiu nas graças de público e crítica. Acompanhe a seguir por que se falou tanto neste filme. E toda a sua relação com o Oscar.
Filme fala sobre o quê?
O filme se passa em Recife, em 1977, no contexto da ditadura militar brasileira, e conta a história de Marcelo (Moura), um especialista em tecnologia que retorna à sua cidade natal atrás de paz ou recomeço, mas logo se vê envolvido em uma teia de conspirações, vigilância, perseguição política e mistério. O filme tem 2 horas e 40 minutos de duração.
Mensagem do filme
A produção estreou mundialmente no Festival de Cannes. A mensagem central de “O Agente Secreto” está ligada à memória histórica, à vigilância estatal, à identidade e à resistência em meio à opressão. O diretor Kleber Mendonça Filho define o longa como “absolutamente brasileiro”.
Ele utiliza o gênero do suspense/espionagem para falar de um Brasil pouco representado no cinema de massa — o Nordeste, em 1977, fora dos grandes centros sulistas, num momento em que a ditadura já se institucionalizara.
Críticas do filme
No Rotten Tomatoes o filme alcançou 100% de aprovação da crítica especializada. Na estreia em Cannes, foi aplaudido de pé durante 13 minutos após a sessão. O público e crítica celebraram a atuação de Wagner Moura, a direção de Kleber Mendonça e a ambientação. Esses indicadores mostram que o filme, além de relevante, sustenta uma alta qualidade técnica e artística, e entrou na agenda como forte aposta do cinema brasileiro em premiações internacionais.
Wagner Moura e Fernanda Torres
Fernanda Torres é a protagonista do outro grande filme brasileiro recente - Ainda Estou Aqui - que representa uma vertente diferente do cinema nacional (mais intimista, histórico), enquanto Moura se encontra num registro mais de espionagem/político-suspense. Torres interpreta Eunice Paiva no filme de Walter Salles – um papel profundamente ligado à ditadura, memória familiar e ativismo.
Moura, por outro lado, assume um personagem fictício mas simbólico, sob lentes de thriller, numa cidade e num momento histórico específico que muitas vezes não recebe atenção. Em termos de presença de tela e impacto, ambos representam atores de renome no Brasil — Moura com trajetória internacional, Torres com forte raízes nacionais e legado familiar (sua mãe, Fernanda Montenegro, também é figura icônica).
“Ainda Estou Aqui” e “O Agente Secreto” na briga pelo Oscar
“Ainda Estou Aqui” foi escolhido pelo Brasil para disputar o Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e também rendeu indicação de Melhor Atriz para Fernanda Torres. “O Agente Secreto” foi selecionado como representante do Brasil para o Oscar 2026, segundo anúncio da Academia Brasileira de Cinema.
O fato de “Ainda Estou Aqui” já ter alcançado uma indicação significativa (e até vitória em Melhor Filme Internacional para o Brasil) coloca o padrão alto para “O Agente Secreto”.
Para o público brasileiro, além da promessa de ver um filme de qualidade, há o orgulho de reconhecimento internacional e a possibilidade de enxergar nossas histórias sob novas lentes.