Episódio mais forte de Black Mirror Temporada 7
O episódio é uma crítica à própria Netflix. Falamos sobre a mensagem de Pessoas Comuns, da temporada sete de Black Mirror
Da Redação, publicado em 23/04/2025 e atualizado hoje.A sétima temporada de Black Mirror, lançada em 10 de abril de 2025 na Netflix, mantém a tradição da série em explorar dilemas éticos e distopias tecnológicas. Um olhar trágico e criativo sobre o futuro? Nos seis episódios, a temporada aborda desde a privatização da saúde até sequências de episódios icônicos.
O episódio mais forte da temporada 7 é Pessoas Comuns. Uma crítica à própria Netflix. Mostrando o caso de um casal que precisa pagar um streaming para manter a saúde em dia. Ela tem um problema no cérebro. Que só é resolvido quando a mensalidade é paga. Já imaginou?
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1. Pessoas Comuns (T7 E1)
Sinopse: Um casal enfrenta uma crise médica quando Amanda (Jones) é diagnosticada com um tumor cerebral. A solução oferecida pela empresa Rivermind envolve uma cirurgia experimental gratuita, mas com uma assinatura mensal vitalícia para manter seu cérebro funcional.
Crítica ao capitalismo na saúde, analogia às plataformas de streaming e endividamento crônico. O episódio satiriza modelos de negócios baseados em assinaturas, comparando a sobrevivência humana a serviços como Netflix.
Um episódio daqueles bem impactantes mesmo. Já pensou se isso acontece mesmo no futuro? Você depender de uma mensalidade streaming para garantir a saúde de quem você mais ama? São reflexões profundas que os episódios vão nos apresentando.
2. Bête Noire (T7 E2)
Sinopse: Maria, uma pesquisadora em uma empresa de chocolates, é assombrada por Verity, uma ex-colega vítima de bullying no passado. A realidade ao seu redor começa a se distorcer, revelando uma trama de manipulação tecnológica.
Culpa, bullying e a fragilidade da percepção humana. A tecnologia aqui serve como pano de fundo para explorar traumas pessoais, embora a explicação final sobre a 'hackeação da realidade' seja considerada forçada.
3. Hotel Reverie (T7 E3)
Sinopse: Uma atriz (Rae) participa de um remake de um clássico dos anos 40 usando IA para reviver personagens históricos. A linha entre ficção e realidade se desfaz quando ela se envolve romanticamente com uma versão digital da estrela original (Corrin).
Nostalgia, ética da IA e reconstrução da memória cultural. O episódio questiona a autenticidade da arte em uma era de reprodução digital.
4. Brinquedo (T7 E4)
Sinopse: Ligado ao universo de Bandersnatch (2018), o episódio acompanha um crítico de jogos (Capaldi) obcecado por Thronglets, um jogo inspirado em Tamagotchi que esconde formas de vida digital.
Obsessão, responsabilidade tecnológica e dualidade realidade/ficção. Explora a ideia de 'paternidade digital' e consequências imprevistas.
5. Eulogy (T7 E5)
Sinopse: Um homem (Giamatti) revisita memórias de um relacionamento fracassado usando um dispositivo que permite entrar em fotografias antigas. A tecnologia revela lacunas em suas lembranças e a face apagada de sua ex-parceira.
Luto, arrependimento e a impermanência da memória. Contrasta a precisão tecnológica com a subjetividade emocional.
6. USS Callister: Into Infinity (T7 E6)
Sinopse: Sequência do aclamado USS Callister Infinity (T4), acompanha a tripulação de clones digitais em um jogo de mundo aberto. Eles roubam créditos de jogadores reais para sobreviver, enquanto enfrentam a ameaça da empresa Callister Infinity. Recebeu muitos elogios da crítica esse episódio. Talvez seja o segundo mais forte da temporada.
Liberdade versus controle, ética da clonagem digital. Mantém o tom satírico do original, criticando a toxicidade de fandoms.
Elenco de peso aqui. Com Cristin Milioti, Jesse Plemons e Jimmi Simpsons. O diretor Charlie Brooker explicou o final do episódio. Com um final feliz para Nanette no mundo real. 'Ela fecha esse ciclo de uma forma que pareceu importante, porque a versão real dela definitivamente não é tão completa quanto a versão digital', disse em comunicado oficial do site da Netflix.
Mais destaques
A temporada equilibra clássicos temas Black Mirror (como vigilância e capitalismo predatório) com experimentações arriscadas. Enquanto episódios como Pessoas Comuns e Eulogy se destacam por sua profundidade, outros como Hotel Reverie e Bête Noire sofrem com premissas pouco originais.
Black Mirror ainda reflete nossos medos contemporâneos?