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Por que o modelo escolar brasileiro falhou?

Escritor, educador e filósofo lança livro sobre 'pandemia' na educação brasileira e aborda como profissionais de educação, alunos e responsáveis precisam estabelecer uma cooperação para que o ensino se torne eficaz para todos

Da Redação, publicado em 19/05/2021 e atualizado hoje.

A pergunta é complexa. Mas urgente. Por que o modelo escolar brasileiro falhou? Para responder a esse e a outros questionamentos, recomendamos a leitura do livro 'A Pandemia estrutural das relações educacionais', do autor Paulo Rodolfo Barbosa. A seguir mostramos detalhes desta obra aqui no canal Pais e Filhos, com dicas na área da educação. Agradecemos mais uma vez por compartilharem este material conosco.

Por que nosso modelo escolar falhou? Pico da evasão nas escolas é entre 14 e 18 anos, segundo IBGE

E se fossemos estabelecer um triângulo 'amoroso' para definir as relações escolares? Em uma ponta estariam crianças e adolescentes que enfrentam inúmeros desafios para permanecerem na escola, como gravidez precoce, falta de conexão dos conteúdos escolares com os interesses e desejos dos estudantes, necessidade imediata de geração de renda para apoiar a família, entre outros. Na outra ponta, temos os profissionais de educação, o que engloba desde dirigentes e professores aos merendeiros, que enfrentam desafios, como baixa remuneração, falta de perspectiva de carreira e reconhecimentos. E, por último, mas não menos importante, a terceira face desse triângulo é ocupada pelos pais e responsáveis que vivem as pressões de suas próprias carreiras, ou a falta delas, dificultando a oferta de apoio e incentivo que as crianças e adolescentes necessitam.

É para debater essa tríade relacional no ambiente escolar que o escritor e educador, Paulo Rodolfo Barbosa, de São José dos Campos, lança, neste mês, o livro 'A Pandemia estrutural das relações educacionais'.

'Este não é um tema oportunista e nem apenas um tema da moda. Comecei esse livro antes mesmo da pandemia de coronavírus para falar sobre a importância de assumirmos que nosso modelo de escola falhou e que é preciso ressignificar esse processo do que é ser a escola', afirma Paulo.

Em 2018, 8,8% da população entre 15 e 17 anos estava fora da escola, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que o pico da evasão acontece entre os 14 e 18 anos de idade. Para o autor, a diminuição da evasão escolar só acontecerá quando reestabelecermos as relações escolares assumindo o papel e a importância de cada um dos atores principais.

“Por que a escola não está dando certo? Porque apontamos o outro como culpado, mas não assumimos o nosso papel. O modelo de escola que temos foi feito para não dar certo. E isso beneficia quem usa da falta de conhecimento da população para prevalecer os interesses de uma minoria. Controlar a escola é mais importante do que controlar a saúde. Escola é a base de tudo. A escola é um espaço de poder”, defende o escritor.

Coronavírus e a intensificação dos problemas

A pesquisa TIC Educação 2019, divulgada em setembro do ano passado, aponta que 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não têm computador ou tablet em casa. Nas escolas particulares, o índice é de 9%.

“Apesar do livro não ter sido feito pensando nos efeitos da pandemia de coronavírus no acesso a uma educação de qualidade, não há como negar que os temas estão relacionados. As pessoas parecem não entender que não estamos na Suíça. Falamos de álcool em gel, máscara, mas muitos dos meus alunos não têm recursos financeiros para adquirir esses itens, quem dirá internet em casa para acessar as aulas online”, finaliza Paulo.

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Serviço

Livro: A Pandemia estrutural das relações educacionais
Autor: Paulo Rodolfo Barbosa
Venda: Via Mercado Livre

Sobre o autor

Paulo Rodolfo Barbosa é mestre em Educação, licenciado em Filosofia, História e Pedagogia, com pós-graduação em Filosofia, História e Gestão Escolar. Atuando como docente em Escolas Públicas e Particulares, desde o ano de 1996, quando teve o seu primeiro contato de forma efetiva com uma sala de aula. Atualmente, é professor de Filosofia na Secretaria de Educação de São Paulo e cursa a pós-graduação em Psicanálise.

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