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Reprodução/ YouTube

Quem é Gabriela Poester. Entrevista destaca filmes e séries

Apresentamos a biografia da atriz gaúcha Gabriela Poester. Em entrevista exclusiva ao Papacast, ela fala sobre o filme Aos Olhos de Ernesto (2020), entre outros trabalhos da carreira

Por Silas Pereira, publicado em 29/09/2020 e atualizado hoje.
A atriz Gabriela Poester está no Papacast (ouça a entrevista completa no podcast de OsPaparazzi). A seguir apresentamos a biografia da atriz, que é natural do Rio Grande do Sul. Em 2020 lançou o filme Aos Olhos de Ernesto, que estreou nas plataformas digitais. Falamos sobre filmes, cinema nacional, séries nacionais, dicas sobre o que assistir, entre outras curiosidades. Acompanhe entrevista e detalhes da trajetória de Gabriela Poester.

Quem é Gabriela Poester


Com formação em Bacharel em Direção Teatral pela UFRGS, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e também na Casa de Teatro de Porto Alegre, Gabriela Poester acrescenta ao currículo uma experiência profissional internacional. Ela realizou o curso no Oure International College for Sport and Performance na Dinamarca durante intercâmbio. Em 2020, aos 31 anos de idade, tem trajetória de projetos relevantes na nossa cultura.

A data de nascimento é 24 de abril de 1989. Ela tem 1,59 metros de altura. Também destacamos nesta página o Instagram oficial da atriz. Além de galeria de fotos.

Na biografia temos trabalhos com séries da Netflix, como Necrópoles. Além de Paralelo 30, A Menina sem qualidades e Desconectados. No cinema nacional, além do filme Aos Olhos de Ernesto, temos Bruxa de Fábrica (Melhor Atriz Festival Cinema de Gramado) e O Complexo. No teatro destacamos o projeto Moscas, um espetáculo transformador que mostramos mais detalhes na entrevista abaixo.

Entrevista com Gabriela Poester



Ouça o Papacast clicando no play acima. Começamos com a apresentação da atriz. 

Gabriela Poester - Sou atriz de teatro, TV e cinema. Fui morar na Dinamarca com 17 anos de idade para um programa de intercâmbio. Cheguei a morar em São Paulo para fazer uma série. Mas o local mais importante para minha residência é Porto Alegre. Em 2014 ganhei o prêmio Açorianos de Teatro como Melhor Atriz com a peça A Coisa no Mar, com direção da Jéssica Lusia. Em 2015 conquistou o prêmio de Melhor Atriz da Mostra Gaúcha do Festival de Cinema de Gramado, por Bruxa de Fábrica, do Jonas Costa. Mas sempre entendi que na profissão não tem glamour. É muito ensaio, suor, saber ouvir muita crítica todos os dias. Muita dedicação, estudo. Sempre me envolvi em criar, produzir, escrever texto. Gosto das três áreas. 



Filme Aos Olhos de Ernesto, da Globo Filmes

Gabriela Poester - Foi um filme muito bem recebido pela crítica. Quando acabou a exibição de abertura, tivemos um cinema lotado com lágrimas nos olhos. Pessoal querendo te abraçar, querendo agradecer por ter experienciado isso. Pensando nisso, eu me lembro do Festival de Havana, em Cuba. Os projecionistas do cinema e o lanterninha do cinema vieram tirar foto. Uma senhora disse que nunca tinha acontecido isso lá em Cuba. As pessoas que trabalhavam no cinema. O lanterninha veio me abraçar, falando do pai dele, super grato pelo filme. Foi super significativo para ele.

'Talvez o maior desafio do filme foi atuar junto com um dos grandes atores do cinema latino-americano, que é o Jorge Bolani (ator natural de Montevidéu, Uruguai). E também atuar em portunhol. Mas só no primeiro momento. Depois já fica normal. Outro desafio foi chegar ao nosso público pela internet, com os cinemas fechados. Nossa expectativa é que o filme chegue ao maior número de pessoas possível', declarou Gabriela ao Papacast.


Gabriela Poester - Acho que uma das maiores conquistas do filme é o fato de que ele chega a muitas pessoas diferentes, de diferentes culturas. Que se identificam com algum dos temas abordados no filme. Amizade, velhice, temas bem universais. Recebo mensagem, carinhos, desenhos de japoneses que assistiram ao filme por lá. E amaram. Mesmo o filme se passando na realidade Brasil e Uruguai. Essa identificação pode ser a maior conquista do filme.

'Principal mensagem que o filme passa é que não tem idade para rever a vida com novos olhos. A história é um homem solitário que passa a se corresponder com um antigo amor. Ele toca as pessoas para reverem suas relações. O que faz com que se sintam vidas. Do ponto de vista pessoal, foi uma construção afetiva de acolhimento, amizade', explicou a atriz.


A reinvenção do teatro na quarentena

Gabriela Poester - O teatro sobreviveu a guerras. Não tenho a menor dúvida que vai sobreviver e se reinventar nesta quarentena. Nem na idade medieval, com teatro sendo proibido pela igreja por ser considerado profano ele deixou de existir. Desde a Grécia Antiga, o teatro se reinventou com o uso das tecnologias. Desde luz elétrica, com as peças de dia sendo exibidas durante a noite. O teatro bota o dedo na ferida. Ele se apropria dos meios e consegue criticar. Hoje nós descobrimos que é possível se emocionar com uma peça teatral sozinho, online, na sua casa. É o começo de um novo gênero. Sou aluna do primeiro curso de teatro virtual do Brasil.



Teatro Moscas

Gabriela Poester - Quando me formei, tinha que dirigir um trabalho de conclusão de curso. Criamos o projeto de peça chamada Moscas. Foi uma loucura. Muita gente jovem, boa, envolvida nisso. Acontecia numa casa bem grande. E o público ia caminhando e testemunhando essas diferentes cenas na casa. Foi um ano na criação desse projeto. A peça final tinha três horas de duração para mais. As pessoas iam vivendo, participavam das cenas. Passando por vários ritos sociais que seguiam a ordem da vida. O público chegava na recepção de hospital. E acompanhava a cena de um parto. A cena final era um velório. Assim como a vida. Começava no parto e terminava no enterro. Foi uma transformação.

'Era tudo muito debochado, tinha muito improviso, com humor, para as pessoas rirem. Coisas patéticas que esses ritos provocam. Máscaras sociais que temos que assumir. Além de momentos com reflexões mais aprofundadas. Usar a comédia para refletir. Foi muito trabalhoso de fazer tudo isso. Mas foi sucesso na época. Tinha aquela energia de pensar em coisas megalomaníacas para fazer. E dar um jeito para que acontecesse. A partir dessa peça, criei um método de criação. Uma forma de pensar no processo de criar cenas e experiências bem único. baseado no projeto do Moscas. Uso esse método para as peças que dirijo e para as oficinas que realizo. Algumas pessoas que fizeram Moscas continuam comigo. Criamos o grupo de teatro chamado Fiasco', contou sobre Moscas.




O perfil do Instagram acima, da personagem Katia Faire, foi criado por Gabriela Poester. Uma mulher criada em Porto Alegre, com piadas locais. 'Faço vídeos bem organicamente, sem qualquer pretensão porque me divirto', explicou.

Dicas de filme brasileiros, filmes internacionais, séries brasileiras e séries internacionais


Filmes brasileiros indicados pela Gabriela:
O Som Ao Redor (Kleber Mendonça Filho), Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert), Sol Alegria (2018) (Tavinho Teixeira e Mariah Teixeira), Los Silencios (2019) (Beatriz Seigner).

Indicação de curta-metragem:
Direção de Nara Normande, o filme se chama Guaxuma.

Indicação da atriz para filmes internacionais: 
Holy Motors, de Leos Carax. Comer Dormir Morrer, de Gabriela Pichler. E todos os filmes da sueca Gabriela Pichler.

Séries internacionais:
The Office, Black Mirror, Years And Years, True Detective.

Série brasileira:
Necrópolis, Netflix.

'Um médico legista vai trabalhar no necrotério. Ele tem medo de cadáveres. Eu faço duas personagens - Elisa e a Elisabeth, personagem que só a Elisa vê. Trabalho bem legal de atuação. Está acessível, pessoas têm consumido bastante Netflix ultimamente. Então essa é a minha indicação final', disse.


Sobre vida pessoal, Gabriela não tem filhos. Neste artigo publicamos fotos do Instagram com fotos ao lado do namorado. Este artigo será atualizado com mais informações da vida e da carreira da atriz. Se é casada, quem é o namorado e etc.

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Publicado Por Silas Pereira
Jornalista e copywriter, Silas Pereira coleciona boas histórias para contar. Na área do entretenimento, joga no Cinema Nacional Futebol Clube. Estuda produções audiovisuais nacionais e abre debate com seus autores e realizadores. Para contato, siga @silaspereira no Twitter
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