Soldado Estrangeiro mostra sonho curioso de brasileiros
Documentário do cinema nacional revela motivações de jovens brasileiros que tentam fazer parte de exércitos em outros países
Da Redação, publicado em 02/12/2020 e atualizado hoje.O documentário Soldado Estrangeiro ganhou estreia no cinema nacional em 3 de dezembro de 2020. O filme conta a história de três jovens brasileiros que têm o seguinte sonho: fazer parte de um grande exército de uma nação estrangeira. O documentário Soldado Estrangeiro tem direção de José Joffily e Pedro Rossi. O doc nacional participou do Festival É Tudo Verdade e do Docs MX - Festival Internacional de Documentário da Cidade do México, em 2019. Assista abaixo ao trailer do filme.
Veja a sinopse do documentário:
O primeiro personagem apresentado no filme é o aspirante Bruno Silva, carioca da periferia do Rio de Janeiro. Ele deixa a família para trás, junta todas as suas economias e parte para França, sem falar o idioma local, com a intenção de realizar o sonho de servir na Legião Estrangeira. Com exclusividade, o filme registra o rigoroso processo de seleção da unidade militar de elite. Já o combatente Mário Wasser é um jovem da classe média paulista. Serve ao exército israelense, em uma base militar na Cisjordânia. O mais jovem dos três parece ser também o mais bem adaptado e confortável na função, fluente em hebraico e usufruindo dos benefícios que o exército oferece, como casa e estudo. O terceiro brasileiro é o veterano Felipe Nascimento, que vive atualmente em Nova Iorque. Ele saiu do Brasil para servir como fuzileiro naval no exército estadunidense. O ex-combatente, que atuou na Guerra do Afeganistão, não esconde, no entanto, as marcas deixadas pela guerra.
“Em ‘Soldado Estrangeiro’ uma certeza nos orientava: fazer um filme antibélico. Dúvidas de como fazer, onde ir e com quem conduzir a narrativa eram às vezes desconcertantes. Mas estávamos convictos do norte a seguir. Nossas teorias eram confrontadas a todo momento por Bruno, Mario e Felipe. Fosse para sair da Baixada Fluminense e melhorar de vida na Legião Estrangeira, defender ideias genéricas na Cisjordânia ou se afirmar como um veterano nos Estados Unidos, as escolhas dos três conduziam o filme para uma guerra estranha a nós, seus conterrâneos”, explicam os diretores José Joffily e Pedro Rossi, em entrevista coletiva.