Os 5 melhores filmes do cineasta Cacá Diegues
Homenagem para um dos fundadores do Cinema Novo no Brasil. A Wikipédia de Cacá Diegues reúne seus filmes
Da Redação, publicado em 14/02/2025 e atualizado hoje.O cineasta Cacá Diegues é considerado um dos maiores nomes do cinema nacional. Ele faleceu neste dia 14 de fevereiro de 2025, aos 84 anos de idade. OsPaparazzi presta uma homenagem ao diretor destacando um ranking com os melhores filmes da carreira de Cacá Diegues. Quando falamos sobre filmes brasileiros, é impossível não citarmos a importância de Cacá. O último texto da sua coluna semanal no jornal O Globo foi justamente sobre o nosso cinema, elogiando Ainda Estou Aqui.
Melhores filmes de Cacá Diegues
Cacá Diegues (1940-2025), ícone do Cinema Novo, deixou uma filmografia marcada por narrativas que exploram a identidade nacional, a resistência social e a riqueza cultural do Brasil. Filmografia diversa, complexa e vibrante. Dos dramas históricos às sátiras sociais. A ideia sempre foi 'equilibrar popularidade e profundidade artística'. Foi um dos fundadores do Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha.
1: Xica da Silva (1976)
Baseado no livro de João Felício dos Santos, o filme retrata a história real de Xica, uma escrava alforriada que se torna símbolo de poder e luxo ao se relacionar com o contratador de diamantes João Fernandes, no século XVIII. No elenco temos Zezé Motta, José Wilker e Elke Maravilha. A trilha sonora teve a assinatura de Jorge Ben Jor. Conquistou prêmios nacionais à época. Foi assistido por mais de 3 milhões de espectadores nos cinemas.
Talvez o filme mais importante da sua trajetória. Marcou época e elevou o patamar do Brasil no cinema internacional.
2: Tieta do Agreste (1996)
Adaptação do romance de Jorge Amado, a trama acompanha Tieta, expulsa da cidade natal na juventude e que retorna décadas depois como uma mulher rica, desencadeando conflitos familiares e sociais no interior da Bahia. A novela Tieta, da Globo, é outra obra - de 1989. No elenco destacamos Sonia Braga, Marília Pêra e Chico Anysio. Aborda hipocrisia moral e a transformação da sociedade patriarcal.
3: Orfeu (Filme) (1999)
Inspirado na peça 'Orfeu da Conceição', de Vinicius de Moraes, o filme transplanta o mito grego para as favelas do Rio de Janeiro, durante o Carnaval. A história de amor entre Orfeu (Toni Garrido) e Eurídice (Patrícia França) é envolvida por violência e música. Venceu o Grande Prêmio Cinema Brasil em 2000. Mantém diálogo com 'Orfeu Negro' (1959).
4: Deus é Brasileiro (2003)
Uma comédia fantástica em que Deus (Antônio Fagundes), cansado da humanidade, busca um substituto no Brasil, acompanhado pelo pescador Taoca (Wagner Moura). Baseado em conto de João Ubaldo Ribeiro, o filme mistura humor e crítica social. Vendeu 1,6 milhão de ingressos, tornando-se o segundo maior sucesso de Diegues. Foi o filme que lançou Wagner Moura no cenário do cinema nacional.
Esse é o meu filme preferido da sua biografia. Um filme leve e ao mesmo tempo intenso. Antonio Fagundes e Wagner Moura formam uma dupla incrível.
5: O Grande Circo Místico (2018)
Baseado no poema de Jorge de Lima, o filme acompanha cinco gerações de uma família circense, do apogeu à decadência, em uma fusão de realismo e fantasia. Foi o último filme de Diegues, exibido no Festival de Cannes. Com músicas de Edu Lobo e Chico Buarque na trilha-sonora.
Extra, extra: Bye Bye Brasil (1980)
Bye Bye Brasil é um marco do cinema brasileiro. Retrata um Brasil em transição, misturando crítica social, humor e poesia visual. Acompanha a Caravana Rolidei, um grupo de artistas itinerantes liderado pelo charmoso e malandro Lorde Cigano (José Wilker), que viaja pelo interior do Brasil levando entretenimento a comunidades afastadas. A trupe inclui a dançarina Salomé (Betty Faria) e o forte Andorinha (Príncipe Nabor). No caminho, encontram Ciço (Fábio Júnior), um sanfoneiro sertanejo, e sua esposa Dasdô (Zaira Zambelli), grávida, que se juntam à jornada em busca de melhores oportunidades.