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Reprodução/ YouTube

Tainá na Netflix: Diretor revela bastidores

OsPaparazzi entrevista diretor da animação 'Tainá e os Guardiões da Amazônia' aqui no Papacast. Conheça biografia de André Forni neste bate-papo exclusivo

Por Aline Oliveira, publicado em 24/05/2021 e atualizado hoje.

O Papacast entrevista André Forni, diretor da animação 'Tainá e os Guardiões da Amazônia'. André trabalha com animação de séries, games e filmes. No currículo tem participações em projetos internacionais, como Kung Fu Panda, da Dream Works, e O Bicho Vai Pegar, da Sony Pictures. Aqui no podcast de OsPaparazzi, André Forni fala sobre a sua biografia e revela curiosidades do desenho 'Tainá e os Guardiões da Amazônia', disponível na Netflix. Ouça e acompanhe os detalhes a seguir.

Entrevista com André Forni, diretor de Tainá

Ouça o podcast de OsPaparazzi aqui na reportagem. Ou através de plataformas de áudio como Spotify, Google Podcast, entre outras. Em Papacast estão reunidos todos os podcasts do nosso site.

O nome completo é André Moreira Forni. Tem formação profissional na área de Marketing, pela ESPM, de 2002 a 2006, e também na área de Animação, de 2006 a 2008. Começou a carreira com trabalhos freelance na área da animação. Passando por Pyro Kids, Reel FX, Luno, B!Ferraz, Cinefilm, Wildlife Studios, entre outros. Em abril de 2021 se mudou para Islândia para trabalhar com games no Supercell.

'Trabalho há 15 anos na área de animação. Comecei como animador. Fui migrando de áreas. Animação no Brasil é pequena. Fazia parte da arte, do roteiro, do storyboard, de tudo. Em 2013 dirigi o desenho Dino Aventuras, série para Disney. Foi uma série de sucesso de produção e engajamento com as crianças. O que possibilitou que a Sincrocine me chamasse para o projeto Tainá', relembrou André Forni.

Tainá e Os Guardiões da Amazônia

A série brasileira é coproduzida pela Nickelodeon e pela Sincrocine Produções. Ganhou exibição na Band, na TV aberta, e também na Nick Junior, na TV fechada. São 26 episódios na primeira temporada. E desde 2020, entrou para o catálogo de animações da Netflix. Destaques na produção também para Hype de Porto Alegre e o grupo Viacom.

André Forni: 'A produção foi bastante intensa, porque quando fazemos esse tipo de trabalho é assim. Você desenvolve carinho e amor. Tem tantas nuances. Gera mais trabalho do que deveria ter. A gente se dedicou e tentou fazer tantas coisas diferentes. Tentávamos ser fiéis com o que acontecia na região da Amazônia. Havia consultores lá, trabalho de pesquisa, de arte, de roteiro, de história. Que tipo de histórias deveria contar. Mesclar mensagem infantil com mensagem da Amazônia. A Roberta Crieger, na direção de arte da série, fazia pesquisa para todo episódio e qual tipo de linguagem utilizaríamos. Se teria apropriação cultural indevida de alguma coisa (...) parte de música com muito carinho'.

'Utilizamos instrumentos que não fossem sintéticos. Era madeira mesmo. Superfície que encontraria na Amazônia. Como a produção da série sempre tem um orçamento menor, tinha esse diferencial da equipe ser muito apaixonada. E todo mundo fez mais porque queria que fosse algo que todo mundo tivesse muito orgulho, sabe? Toda vez que fazia um episódio novo, assistíamos juntos. Foi uma experiência única'.

Cante as principais músicas da série Tainá e os Guardiões da Amazônia no YouTube oficial.

André Forni explica que a Netflix não divulga os números de audiência da série 'Tainá e Os Guardiões da Amazônia'. Mas que a repercussão tem sido muito gratificante. Repercussão no carinho de pais, professores e crianças.

'Números eu não tenho esses dados. A Netflix não divulga números. O que dizem é que performa super bem. Ficou um produto muito legal do Netflix. A série foi uma produção em parceria com a Nick Júnior e também com a Band (Nickelodeon). Dois dos principais parceiros. Mas foi com Netflix que a série bombou. Ficou mais fácil de ver. Na TV você tem que seguir a programação', disse Forni.

André Forni: 'A maneira como as famílias e as crianças interagiram com a série foi especial. Sabemos mais do sucesso por causa desse torno. E por causa da repercussão através de e-mails e redes sociais', acrescentou.


No Instagram oficial, André Forni compartilhou prêmio conquistado pela animação - Chile Monos 2020. No Linkedin ele também compartilha conquistas da carreira.

Planos para novas temporadas de Tainá e os Guardiões da Amazônia?

André Forni: 'A gente sempre quis novas temporadas. Fizemos uma temporada como 26 episódios. Mas aí veio a redução do apoio cultural no Brasil, a Covid-19. Ficaram planos no ar. Existem coisas ali que já começamos. Tinha teatro infantil, tinha um livro. A ideia é continuar de alguma maneira, sim. Mas não sei se temos um plano muito concreto'.

Parte pedagógica do desenho da Netflix

André Forni: 'A parte pedagógica entrou não só no sentido de ensino, mas muito da mensagem também. Normalmente os desenhos tendem a seguir um lado pedagógico muito quadradinho e com clichês. Ah, o respeito ao próximo. Ah, as boas ações. Mas ali queríamos abordar coisas do dia a dia da criança. Como a criança lida com tédio? Como a criança lida com o sentimento de posse? Como divide as coisas? E a relação da criança com os pais. Duas crianças que os pais brigam muito, como seria? Elas decidem sair e viver uma aventura? Tentamos pegar situações que as crianças estão envolvidas no dia a dia. E com o lado pedagógico forte'.

'A protagonista Tainá é uma menina humana e que está naquele universo com os animais. A ideia é a criança refletir com a realidade dela, e aprender e se divertir com a série. Fizemos vários estudos, conversas com profissionais da área da educação, da parte de roteiro, de pedagogia. Outra coisa que era importante era casar datas e informações sobre a Amazônia. O mundo amazônico do índio é muito distante da maioria das crianças que assistem. Queríamos combinar esses elementos. Crianças aprendendo sobre a Amazônia e o dia a dia delas. Os episódios sempre contam a história de um animal novo, como ele se comporta, quais são as suas características. A preguiça, por exemplo, é um animal noturno, dorme de dia e fica acordada à noite. Utilizamos a preguiça no episódio para falar sobre a importância de dormir. Casar uma coisa com a outra'.

André Forni: 'A ideia sempre foi de fazer com que as crianças se interessassem pela Amazônia. Se elas se importam pelos personagens e pelo universo de desenho, quando aparece uma notícia de queimada na Amazônia, de devastação, elas vão se lembrar e gerar uma sensação de cuidado. Em vez de abordar de forma literal e linear, a gente tentou criar esse vínculo com o universo para que gerem esse cuidado depois'.

'Não queríamos que fosse assim: ah, é uma série brasileira sobre o índio brasileiro na Amazônia. Muito pedagógica, uma série informativa. Não. Vamos criar uma história com uma aventura que as crianças vão se interessar. Mas sem deixar de lado as informações necessárias. Tenho muito orgulho de ver que as crianças gostam do conteúdo. Muito legal ver os pais elogiando. E todos têm carinho especial porque a série é brasileira. Tem tapioca, algumas piadinhas que fazem mais sentido com nosso universo brasileiro. Fomos criados com desenhos da cultura americana. E quando a gente consegue fazer o nosso bem feito, o resultado é bem legal. De orgulho mesmo'.

Personagens de Tainá na Netflix

Os principais personagens da série são Tainá, o macaco Catu, o urubu-rei Pepe e a ouriça Suri. Também tem tartarugas, bicho preguiça, onça, entre outros animais da Floresta Amazônica. Na sinopse oficial da série temos os seguintes destaques:

'Respeito à diversidade, às diferenças culturais, suas habilidades e limitações, trazendo uma mensagem de respeito, amizade e cuidado com a natureza em cada episódio'.

Conheça todos os episódios de Tainá e os Guardiões da Amazônia em Pais e Filhos.

Curiosidades para saber mais sobre Tainá e os Guardiões da Amazônia

Para qual idade de crianças é recomendada a série? Ela é recomendada para crianças na idade pré-escolar. Mas crianças um pouco maiores também podem se interessar. A verdade é que até os adultos se divertem ;) Meus filhos de 4 e 8 anos de idade, por exemplo, são apaixonados pela série.
Quem é a dubladora da Tainá? Ela é Alice Crisci, uma jovem atriz brasileira.
Como chama o macaco da Tainá? Ele é o macaco Catu. Cru Cru é o guardião da Amazônia.
O que a Tainá fala na música do desenho da Netflix? Ela fala: Cru Cru chamou! Tainá e sua turma! Cru Cru chamou!
Qual é o significado de Kirimbau? Kirimbau é uma expressão sempre usada por Tainá nos episódios. Quer dizer corajoso. Vai Flecha Azul também é outro termo marcante.
Os episódios são baseados também no cinema nacional, com o filme Tainá.
Características dos personagens: Tainá é uma menina corajosa, destemida e ao mesmo tempo doce; o macaco Catu é divertido e inteligente; a ouriça Suri é curiosa, baixinha (pequena) e bem meiga; Pepe, o urubu-rei, é sábio, com amplo conhecimento sobre a fauna e a flora Amazônica.

Letra da música da Tainá

Eu sou Tainá. Protetora da floresta! Ela é Tainá. Protetora da floresta! O cru-cru me chama. Pros amigos ajudar. O cru-cru nos chama. Pros amigos ajudar.
Meu nome é Catu. Sou um macaco travesso. Atravesso pulo e corro. Eu não me perco. Se tens um problema. E quiser nos chamar. Grite um cru-cru. Que nós vamos ajudar.
O meu nome é Pepe. Sou um urubu-rei. Leio e estudo muito. Muita coisa que eu sei. Ajudo a Tainá, a floresta salvar. Se quiser falar com a gente (cru-cru). É só chamar.
Eu sou a Surizinha. A ouriça fofinha. Estou sempre com os amigos. Nunca estou sozinha. Se quiser ajuda. É só me chamar. Chegamos rapidinho. A flecha azul vai nos levar!

Recomende uma animação para crianças

Se você é fã da série Tainá, compartilhe este artigo com outros pais e crianças que também podem se interessar pela série brasileira. Vamos valorizar o produto nacional no entretenimento dos nossos filhos. Que tal? Lembrando que na editoria Pais e Filhos há mais curiosidades sobre o desenho da Netflix.

Acesse o Papacast para ouvir mais podcasts aqui em OsPaparazzi. Estamos em todas as plataformas de streaming de podcast.

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Publicado Por Aline Oliveira
Formada em Pedagogia, Aline Oliveira atua como professora do ensino fundamental desde 2002. Da experiência da maternidade nasceu a paixão por escrever para mães. 'Paixão pela arte de educar. Paixão por aprender. Com amor, tudo fica mais leve.' Veja mais informações
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